Veston
Antes da Grande Tragédia, a ilha de Veston e sua capital de mesmo nome, era um belo país, desenvolvido e agradável. Não era o estado mais rico de Uviananth, mas tinha um clima agradável e seus habitantes viviam uma vida digna e pacífica. Por conta disso, a nobreza e os grandes mercadores costumavam montar ali suas casas de veraneio. O Templo de Honnar também possuía na cidade um grande edifício, visitado por muitos fiéis. Quando as Brumas surgiram, não houve tempo para evacuação ou tentativas de sobrevivência. A capital foi devastada, e toda a vida que lá se encontrava pereceu, deixando no mundo físico os seus tesouros.
A cidade perdeu sua nobreza, exceto pelo então Duque Kyen, que por obra do destino estava em Estil buscando uma solução diplomática para os entraves quando as Brumas apareceram. Após a catástrofe, quando o recuo aconteceu, liderou os esforços militares, políticos e logísticos para iniciar a reconstrução de Veston, debelando pequenas rebeliões, afastando invasores oportunistas e recriando as cadeias de produção de bens e alimentos. Por suas ações, Veston pode reerguer-se, e o panorama seria muito diferente se sua liderança não houvesse existido. Ainda assim, a recuperação da ilha foi lenta, tamanho o estrago causado.
A ilha situa-se no cruzamento da Linha Gêmea Segunda com a Linha de Turzel. Atualmente, o foco de sua economia é a produção agrícola e a tecnologia, quase sempre baseada em algum tipo de Magia. Veston não é uma nação pobre, mas também não é capaz de resolver todos seus problemas, a despeito da boa vontade de seus regentes. A população espalha-se de maneira desigual pelas cidades, com a tendência a concentrar-se nos centros urbanos. Suas cidades costumam ser limpas, com ruas largas e cheias de vegetação, e grandes praças onde a população se reúne em festas. Mas, em cada grande cidade, existe também uma área de pobreza, em que pequenas casas amontoam-se umas sobre as outras, e as ruas são estreitas e escuras. Costumam ser locais perigosos.
Politicamente, Veston tem um representante diplomático em sua atual regente, a rainha Amara, descendente direta de Kyen, e um representante político na pessoa do primeiro-ministro, que é também o presidente do Parlamento. Embora os estudiosos tendam a concordar que, pelo menos em teoria, a organização de Veston seja a mais democrática entre as ilhas, é bem sabido que os jogos políticos escondidos sob o poder são uma constante ameaça à estabilidade do governo.
Os habitantes mais comuns de Veston são humanos de estatura mediana e pele com tons que variam do claro ao oliva e escuro, com cabelos de todas as formas e cores. Após a reconstrução, o governo de Veston preocupou-se em fornecer aos seus habitantes escolas de qualidade e formação profissional – por isso, a classe dos profissionais liberais é ampla e bastante respeitada em todo o reino. Artes, cultura, culinária e moda atingiram realizações complexas e rebuscadas, mas os temas em geral são alegres. As roupas são sofisticadas e utilizam cores discretas com combinações sutis. Ainda que sejam práticas, são mais adequadas aos encontros no Templo ou na Academia que às atividades do dia a dia.
A Academia fez em Veston a sua sede. Na primeira capital, montou uma grande biblioteca e centro de aprendizado, que reunia escritos de todo o mundo, bem como artefatos mágicos, estudos e tesouros. O acervo foi perdido no Segundo Cataclismo, sendo recuperado aos poucos por aventureiros destemidos. Na segunda capital, a Academia construiu uma universidade, que tenta reunir todo o conhecimento sobre magia disponível na atualidade.
A Primeira Capital
A Primeira Capital, também chamada de Veston, foi completamente destruída pelas Brumas. Suas riquezas, no entanto, e os conhecimentos registrados em suas bibliotecas não foram perdidos. O recuo inicial das Brumas deixou as ruínas da cidade expostas, e a tornou um local atraente para aventureiros. Certamente repleta de tesouros que podem ativar os interesses daqueles que buscam riqueza ou poder, os ganhos não vêm sem riscos: toda a região é coberta por Brumas, que lhes dão um ar lúgubre e intimidador. Criaturas das sombras são comuns por lá, e personagens que têm motivos para temer as Brumas devem tomar cuidado.
A Segunda Capital
A Segunda Capital, como é chamada, é uma tentativa de reconstruir o ambiente da primeira versão da cidade. Um planejamento profundo precedeu śua construção, e como resultado, o centro da cidade é um local espaçoso, limpo e urbanizado, sede de vários festivais criados para celebrar datas religiosas e, principalmente, elevar a moral da população, devastada juntamente com a Primeira Capital.
Com o passar do tempo, a cidade cresceu de maneira levemente desordenada fora das linhas de seu planejamento original, e de maneira bastante caótica nas partes mais pobres da cidade. Nesses locais, as ruas da cidade são estreitas, gerando um labirinto de ruelas e travessas mal sinalizadas que podem desorientar quem não conhece as direções.
Elarune
A floresta élfica de Elarune: é a única morada élfica que ainda mantém contato com os humanos após a Grande Tragédia. Quando a catástrofe aconteceu, a cidade foi completamente tomada pelas Brumas, surgindo de volta quando houve o recuo. Surpreendentemente, os habitantes da floresta e sua cidade não pareceram ter sido afetados – no entanto, os elfos se tornaram ainda mais reclusos, taciturnos e desconfiados do resto da população de Uviananth.
Elarune situa-se no alto das árvores e não pode ser encontrada por nenhum artifício conhecido, mas visitantes da floresta podem ter a sorte de encontrar elfos, se eles assim desejarem. No entanto, a não ser que exista um bom motivo, os elfos apenas desejarão saber as intenções dos visitantes, e o contato será breve.