A filosofia do Scop é que as Habilidades sejam abrangentes, mas específicas. Habilidades como Conhecimento exigem que o jogador especifique uma área (e.g., Química, Direito). Cada área específica representa uma habilidade distinta.

No entanto, se o MJ assim desejar, pode permitir que essa restrição não se aplique. A habilidade Criatividade, por exemplo, pode ser interpretada de forma ampla, abrangendo diversas formas de expressão artística. Essa escolha tem a desvantagem de tornar a descrição do personagem menos detalhada, mas em compensação, funciona de forma bastante flexível durante o jogo, e incentiva a criatividade dos jogadores.

O Scop foi projetado para não ter uma lista fixa de Habilidades. Em um jogo em que as possibilidades são infinitas, uma lista seria incompleta ou imensa. Por isso, a escolha das Habilidades fica em aberto – para que MJ e jogador discutam desde a criação o que o personagem é capaz de fazer.

Apesar disso, pode ser interessante limitar um pouco as opções: pode parecer contraintuitivo, mas o excesso de opções pode tornar difícil aos jogadores fazerem suas escolhas, e tornar o processo de criar personagens frustrante. É o paradoxo da escolha.

Se você está criando uma aventura, campanha ou cenário, considere ter uma lista das Habilidades mais úteis. Com uma boa descrição, você dá bons exemplos de como as Habilidades funcionam, e também pode ter algumas específicas para o seu mundo. O ideal é algo entre 18 e 24 características diferentes, mas permita que os jogadores apresentem ideias diferentes – coisas bacanas sempre aparecem.

Lembre-se: as Habilidades devem representar algo que pode ser treinado, aprendido ou estudado, e sua aplicação abrange todas as situações em que são relevantes. Quando você treina Espadas, você aprende a lutar com elas, a reconhecer uma boa espada, avaliar seu preço, e assim por diante. Aplique essa ideia a todas as Habilidades.