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A Rebelião dos Grifoneiros

No cruzamento de várias e poderosas Linhas de Mana, encontra-se a pequena ilha de Eillie. Devido à sua posição, transformou-se rapidamente em um centro de comércio e desenvolvimento de cultura e magia. A alta concentração de corações-de-pedra transformou a flora e a fauna da ilha em um sinfonia de criaturas mágicas e fantásticas, incomum até mesmo para as Ilhas próximas. Sua situação privilegiada trouxe riqueza e fortaleceu seu governo durante o período áureo do Primeiro Império de Audovall.

O rapido crescimento foi útil para Eillie: desenvolvendo sua própria estrutura militar, também baseado na Magia, a Ilha foi capaz de resistir à pressão do Império, tornando-a a única entre as terras mais significativas a resistir ao seu poderio. Uma grande tensão entre os dois estados se formou, o que tornou o tráfego pela região bastante tenso.

A resistência se deveu à criação da Ordem dos Grifoneiros: soldados de elite da guarda eilliense que aprenderam a domesticar os grifos, animais alados nativos de sua ilha. O destacamento contava com guerreiros incrivelmente eficientes, capazes de lutar sobre suas montarias voadoras, usando armas e Magia. Ainda que o exército Imperial fosse significativamente maior, as poucas altercações que tiveram com os Grifoneiros levaram a um armistício tenso entre as duas Ilhas. O porte majestoso e a atitude belicosa do grifo transformaram o animal no símbolo do exército eilliense.

O poder da guarda eilliense cresceu monumentalmente, e a mobilidade provida por suas montarias permitiu que os Grifoneiros começassem a agir não apenas em sua Ilha materna, mas também nos arredores. Talvez por dignidade, honra ou até mesmo arrogância, os membros da Ordem começaram a ver-se como escolhidos pela Divindade para levar a justiça ao mundo. Declararam-se independentes de seu reino, e adotaram para si a tarefa de viajar pela Ilha e suas cercanias, protegendo aqueles que consideravam oprimidos. Os regentes de Eillie interpretaram a ação como uma ameaça, e uma breve mas arrasadora guerra civil tomou lugar, com a Ordem tornando-se vitoriosa.

Incomodado com o desequilíbrio do poder, e com o intuito de restaurar a nobreza – um arranjo bem mais favorável que a regência da Ordem –, o Império realizou um grande cerco à ilha. Isso gerou um impasse: em sua Ilha, os Grifoneiros poderiam resistir indefinidamente ao bloqueio, mas às custas do bem-estar da população, o que consideravam inaceitável. A situação foi contornada diplomaticamente: a guarda teria autonomia em todo o Império, e Eillie permaneceria soberana desde que a nobreza fosse restaurada no poder e o acesso à ilha não fosse prejudicado.

A Ordem passou a atuar em todo o mundo conhecido. Seu comando localizava-se em Eillie, mas seus membros agora vinham de todas as partes do mundo, e deviam provar rigorosamente seu valor para serem admitidos: para ser considerado um Grifoneiro, um candidato deveria realizar atos de bondade desinteressada, comprovar seus feitos e prestar um juramento sobre sua honra. Muitas das canções cantadas pelos trovadores contam as histórias dos famosos Grifoneiros dessa era.